Acabaram os festejos de Natal. Este é o último artigo de 210 e durante os dias desta semana, estive a pensar o que iria escrever que pudesse resumir a totalidade dos artigos desde o início do ano, quando entre todos os artigos e informação que encontro, decidi falar sobre algo que não falei em nenhum artigo este ano.
Estranho? Nem por isso. Explico porque. Sempre que estou a dar formação, a preocupação de todos os presentes é sempre encontrar uma forma de ultrapassar a objecção ao preço. Eu mesmo estive presente numa formação recentemente com o Hélder Alexandre, e uma das questões que também foi focada pelos formandos era justamente como vencer este animal feroz que atormenta os vendedores.
Responda com sinceridade: “É isso o que se passa consigo? Tem dificuldade de defender o seu preço em todos os negócios que faz?
Se é assim, então existe uma forma de ultrapassar isso. Porque tentar defender o preço quando você pode explicar o seu valor?
Antes de explicar melhor o que quero dizer, permita-me contar uma história que, segundo pesquisa que fiz na internet, tem tudo para ter sido real.
Uma mulher passeava pelas ruas de Paris, quando deparou, sentado numa esquina, Picasso a fazer os seus desenhos.
A mulher aproximou-se de depois de olhar alguns dos desenhos, chegou ao lado de Picasso e perguntou-lhe se ele poderia fazer um desenho dela e que ela pagaria por isso. Picasso não se fez de rogado e disse que sim. Após poucos minutos, eis que mais um desenho original de Pablo Picasso estava pronto.
A mulher ficou maravilhada com a agilidade e a beleza do desenho.
De seguida pergunta-lhe: “Então quanto lhe devo?” Pablo Picasso responde: “Cinco mil francos”.
A mulher rapidamente responde: “Mas só levou alguns minutos a fazer o desenho.”
“Não,” respondeu Picasso, “levou a uma vida a ser feito.”
Neste momento, Pablo Picasso estabeleceu o seu valor. Não o do desenho.
De volta ao nosso tema de hoje, responda-me:
Qual é o seu valor? Alguma vez pensou sobre isso?
Quanto vale o seu tempo? Quanto um potencial cliente está disposto a pagar pela sua experiência?
O que me parece é que normalmente o preço somente é avaliado na vertente do produto ou serviço a ser prestado. E este preço é depois comparado com o preço da sua concorrência. Pura estupidez.
Acha que Pablo Picasso comparava o seu preço com os outros pintores em Paris?
Todos os outros pintores têm nas suas mãos papel e lápis, e não acredito que um jovem pintor tivesse a mesma coragem para cobrar um valor tão alto por um desenho.
Seja você um empresário ou um trabalhador por conta de outrem, você conta!
As suas ideias, a sua criatividade e a sua imaginação são peças importantes num negócio.
Ah! Já agora não se esqueça da sua experiencia, ela é a peça mais importante em todo o processo de negociação.
Agora está nas suas mãos estabelecer o seu valor, e na maioria dos casos, quanto mais alto for, melhor.
Quando começar a pensar como um Pablo Picasso, acredito que irá vender muito mais e com muito mais lucro.
Pense nisso, estabeleça o seu valor e Feliz Ano Novo.