7 etapas para aprender qualquer coisa

Diz o ditado que “Burro velho não aprende línguas”, principalmente quando estamos há muito tempo envolvida num processo. Ganhamos vícios e manias que são muito complicados de alterar. Se normalmente a paciência e vontade de querer mudar alguma coisa já é pouca, imagina o quanto custa a querermos aprender algo novo. Seja este “novo” uma língua, uma profissão, uma nova forma de fazer um mesmo processo ou mesmo mudar de casa ou até cidade.

Quando queremos aprender a fazer alguma coisa nova, existem sete etapas que devem ser ultrapassadas e não adianta tentar pular qualquer uma, pois elas estão totalmente interligadas.

Trago o exemplo de um cliente (que lhe chamarei “Pedro”) que mudou totalmente de ramo profissional, cultura, cidade e até país. Pedro desejava muito fazer um “reset” a toda a sua vida profissional e depois de chegar a Lisboa, a nova empresa contratou os meus serviços de Coaching para esta mudança de vida profissional.

Primeira etapa – Total desconhecimento

Pedro tratou todo o processo através de um “head hunter” enquanto trabalhava em Espanha que o desafiou a assumir um cargo executivo numa grande empresa do mercado português num sector totalmente diferente do que estava a trabalhar.

Tinha pela frente além do desafio de mudar de país e cidade, iria aprender uma nova profissão com muito mais responsabilidades. Enquanto ainda estava em processo de negociação, isso tudo não lhe pareceu um problema. Porém, quando chegou finalmente o dia de embarcar no avião é que as borboletas no estômago começaram a voar mais alto e um nó na garganta apertou.

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Sentiu-se confrontado com o medo do desconhecido. A cabeça começava a ficar cheia de questões. Como agir? como reagir? Como iriam recebê-lo? Que responsabilidades lhe dariam? Como rapidamente aprender o português? Estas e mais uma 400 perguntas começaram a criar uma sensação de pânico e de algum terror do novo desconhecido.

Como disse antes, foi pouco tempo depois do Pedro estar em Lisboa que fui contratado pela sua nova empresa para trabalhar com ele o processo de Coaching Transformacional.

Segunda etapa – Algumas coisas básicas começam a tomar forma

Passado o primeiro mês de chegada a Lisboa e já com 2 sessões de Coaching decorridas, o Pedro começou a destruir alguns dos seus fantasmas iniciais.

Apesar de ainda haver muitas dúvidas, medos e incertezas, começara a conhecer os processos da empresa e, por todos os documentos estarem em inglês, foi mais fácil começar a encontrar respostas e a conhecer a teoria do que era necessário fazer. Aqui começamos a delinear o seu plano de acção para os próximos desafios que a posição lhe impunha.

Terceira etapa – A intuição é activada e gera muita energia

Com o passar das semanas, Pedro começa a interiorizar a teoria recebida na segunda etapa e a pô-la em prática. Sente que afinal não é assim tão complicado gerir e começa a agir em conformidade com a função. Sente uma adrenalina a correr pelo corpo e a brotar uma carga de energia positiva que, no seu pensamento, poderia enfrentar todos os problemas que sairia sempre vitorioso.

Pedro, quando entra na empresa é poupado pelos seus pares e subordinados de alguns “dossiers” complicados. Tudo o que recebeu foram questões e situações corriqueiras para lhe facilitar a entrada e não criar stress desnecessário. O material hardcore ainda não lhe tinha caído nas mãos.

Começamos a avançar com o processo e em cada sessão, Pedro chegava com uma energia fantástica e uma vontade de querer “mudar o mundo”. Sentia-se indestrutível.

Quarta etapa – A primeira queda e primeira crise existencial

No final do seu terceiro mês na empresa, Pedro é chamado a comissão executiva para uma primeira análise sobre o trimestre e conhecer os novos “dossiers” que iria assumir a partir daquele momento. Recordo que na etapa anterior, Pedro sentia-se indestrutível.

Quando chega a reunião na comissão executiva, depois das boas vindas, os administradores começam a apresentar as dificuldades que o departamento do Pedro está a passar e pedem que ele explique como é que ao final de 3 meses na companhia, ainda nada tinha acontecido de diferente. Foi um balde de agua fria. Pedro começa a sentir a pressão de todos os lados e, sem ter tido tempo para uma preparação mais profunda para a reunião, sente que falhou e que o mundo lhe caiu sobre os ombros.

No dia seguinte a reunião tivemos uma sessão e o Pedro que chegou a mim era outro, completamente diferente. Cabisbaixo, triste e com vontade de dar um pontapé na mesa, pedir demissão e voltar para Espanha. Sentia que foram injustos e que não era possível ele ter feito algo diferente com somente 3 meses de casa. Eram as vicissitudes de assumir um cargo executivo num sector completamente diferente do que trabalhava antes. O foco desta sessão foi totalmente a trabalhar formas de ultrapassar as adversidades e manter-se firme no seu caminho.

Quinta etapa – As primeiras vitórias

Passado o baque da sua primeira reunião de comissão executiva, Pedro começa a trabalhar e pôr em prática algumas das ideias que trabalhamos na sessão. Foi nessa altura que Pedro reuniu-se com todos os membros da sua equipa para uma conversa mais profunda e mais demorada.

Foi solicitado que todos levassem um status real sobre o que estavam a trabalhar, desafios e formas de ultrapassar. Foram todos para uma sala de um hotel próximo e estiveram desde as 09h00 da manhã até perto das 18h00 num brainstorming total, onde todos puderam falar abertamente sobre os seus problemas, crises e principalmente, criar um plano de acção conjunto para ultrapassar cada uma das adversidades identificada.

Foi nesta altura que Pedro sentiu que começava, ali, a ter a sua equipa a remar para o mesmo lado. Falou muito pouco, ouviu tudo e todos e, sempre que uma questão era colocada, perguntava quem na sala poderia responder. Foram 8 horas de partilha e que permitiram o Pedro conhecer melhor todos os seus colaboradores e todos os “cantos do seu departamento”.

Na sessão seguinte que tivemos, passado 1 semana desta reunião magna, identificamos várias pequenas vitórias que lhe davam novamente confiança e validava a estratégia pensada e, agora, em fase de implementação.

Sexta etapa – Atingido o ponto de não retorno

Estávamos a chegar ao final do sexto mês de trabalho do Pedro na empresa. Era altura de preparar a próxima reunião de análise do trimestre na comissão executiva. Desta vez não seria apanhado desprevenido ou com falta de informação.

Reuniu a equipa, pediu status actualizado de todos os projectos que estavam a trabalhar e qual tinha sido a evolução nos últimos três meses.
Preparou depois a sua própria apresentação com a soma de todos os resultados e lá se encaminhou para a reunião com os administradores. Pedro contou-me que foi incrível ver a cara de todos os administradores quando ele terminou a apresentação. Todos os resultados tinham crescido positivamente e não houve qualquer pergunta ou comentário depreciativo sobre o trabalho que estava a executar.

Recebeu vários elogios e agora o desafio agora seria manter o nível de consistência nos resultados. Já não sentia que era indestrutível, sentia que tinha a sua equipa toda a remar para o mesmo lado e os resultados demonstraram isso mesmo. Era o ponto de não retorno. Agora era seguir em frente com passos firmes e decisivos.

Sétima etapa – “diga ao povo que fico”

Esta frase é conhecida como o “Dia do Fico” e foi proferida por D. Pedro I as margens do rio Ipiranga em São Paulo, quando enfrentou e refutou as ordens para voltar para Lisboa.

Foi exactamente esta a sensação que tive na minha última sessão de Coaching com o Pedro. Terminava o nosso processo e a pessoa que tinha a minha frente era outra, completamente mudada. Mais confiante, mais entrosado com a sua equipa, os resultados não paravam de crescer de mês para mês e isso já se reflectia na sua reputação dentro da organização. Era considerado o “Cristiano Ronaldo” do negócio. Implementou novas ideias, removeu velhos hábitos e criou novas formas de analisar e resolver problemas repetitivos.

Chegava o momento de darmos por concluído o processo. O Pedro tinha aprendido uma nova profissão, num novo sector, num novo país e numa nova cidade. Por fim, já tinha uma namorada portuguesa e já dominava (ainda com algum sotaque) a língua portuguesa.

Conclusão final

Estas dicas são parte integrante do processo de Coaching que tenho com os meus clientes onde trabalho a melhoria da produtividade e no Desenvolvimento Transformacional nas suas vidas pessoal, profissional, nas empresas e no processo de venda.

Se depois de ler este artigo quer conhecer como o Coaching pode agir de forma positiva na sua vida e na sua empresa, o primeiro passo e clicar no botão abaixo para ter a sua Sessão Experimental de Coaching.
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    Este artigo que teve por base o texto escrito por Tristan de Montebello no site da medium.com em agosto de 2016, sobre a forma como aprender a tocar guitarra.

    7 etapas para aprender qualquer coisa

    Coach Wilques Erlacher

    ACC Coach Credenciado pela ICF. Especializado em Coach de Desenvolvimento & Metafórico e Presidente do Conselho Fiscal da ICF Portugal. Há mais de 20 anos que trabalho em funções relacionadas com Marketing, Vendas Corporativas, Desenvolvimento de Negócios, Gestão de Clientes, Formação, Mentoria e Consultoria em Vendas. O meu lema é: “Coaching não é para quem precisa, é para quem quer ser melhor” Os meus contactos são: email: we@wilqueserlacher.com || Skype: w.erlacher || Tel: +351 932 558 558

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