Se há no mundo alguma coisa mais irritante do que sermos alguém
de quem se fala, é ninguém falar de nós. (Oscar Wilde).
Noto, na minha actividade diária de trabalho, um excessivo low profile das Organizações a mostrar o que fazem, sobretudo o que fazem bem. Poucas, quase nenhumas, informações recebo sobre o que estas instituições vão colocando no mercado. Não falo naturalmente de publicidade ou de artigos mais ou menos encomendados e que são publicados / exibidos na media. Refiro-me ao trabalho puro e duro, o que aparece no mercado.
Poucas ou nenhumas informações recebo dos meus Clientes actualizando-me do que vão fazendo. Mea culpa, a Empresa onde desenvolvo a minha actividade profissional também tem esta postura. Pouco ou nada fazemos para nos mostrarmos de um modo mais regular, a não ser umas mono folhas que enviamos irregularmente para os Clientes reais e potenciais … bem, nem todos os meus colegas o fazem. Digo-vos que trabalho na área comercial de uma gráfica e que o nosso mercado é muito alargado.
Esta mailing list (ou jornal) que podemos passar ao nosso mercado mostra o que fizemos recentemente, ajuda-nos a credibilizar a nossa posição nesse meio e que estamos vivos. Igualmente, e no meu caso particular, ajuda a Empresa que recorreu aos nossos serviços a aparecer no mercado. Pode, no entanto, suceder em alguns casos que esse nosso Cliente queira passar despercebido.
Mas penso que, de uma maneira geral, pelo facto do nosso meio ser pequeno, tudo se sabe e, em alguns casos ou sectores, há uma enorme rotatividade de profissionais e torna-se difícil esconder o que quer que seja.
Uma vantagem que o uso das novas TI´s proporciona é que esta operação tem custos ínfimos e um alcance muito alargado sendo, por isso, uma estratégia de marketing muito económica. Pode também ser usada em suporte de papel, não tão económico mas, igualmente útil e eficaz. O que importa é que se comunique. Que se faça chegar o que fazemos, como fazemos.
Vou passar-vos algumas razões porque sua Organização precisa ter um jornal / newsletter. Naturalmente você, leitor, terá outras mais a acrescentar.
- Pode ser mais um canal veiculador de informações sobre a sua Organização junto do seu mercado.
- Pode ser um elemento complementar de informação e formação sobre os serviços / produtos que comercializa. Poderá ajudar a tornar a vida dos seus Clientes mais fácil, logo mais atraídos pela sua Organização.
- Pode ser um modo de manter um contacto oportuno (não maçador) com os seus Clientes reais e potenciais.
- Informa sobre o que faz, como faz, para quem faz, onde se está, para onde quer ir (acho que todos já ouvimos este percurso).
- Permite apresentar novos serviços, novas utilizações, novas contratações, novos investimentos.
- Aumenta a sua credibilidade e visibilidade no mercado.
No caso específico da newsletter:
- poderá segmentar a informação ou dirigi-la formalmente aos seus Clientes,
- será um meio fácil e imediato dos seus Clientes entrarem em contacto consigo.
Pelo exposto pode acontecer que:
- o as suas vendas aumentem e, por conseguinte, os seus lucros,
- o os seus Clientes se tornem mais fies e que diversifiquem o consumo,
- o recupere Clientes perdidos (sempre uma tarefa importante e difícil ),
- o conquiste novos Clientes no sectores tradicionais,
- o entre em novos mercados.
Há, no entanto, que ter cuidado na informação que lá coloca. Ela tem que ser útil e relevante. Tem que obrigar o seu Cliente a ter curiosidade sobre a mesma. A sua concorrência pode (ou poderá) já estar a usar este expediente e a sua Empresa seria apenas mais uma na infindável quantidade de informação com que todos somos bombardeados todos os dias.
Por isso, se o fizer, faça bem feito. É a imagem da sua Empresa que aparece.
Se o Tempo não pára, não pare você também.
João Paulo Marques
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques
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