
Estive a ler o ultimo exemplar da revista Coaching Brasil onde o tema é justamente o título deste artigo. Não vou fazer aqui nenhum resumo do que li, mas achei o tema deveras interessante e por isso resolvi partilhar consigo a minha experiência sobre o Coaching como uma ferramenta na gestão de conflitos nas empresas.
Apresento-lhe o Tico. Tico é um trabalhador na casa dos 50 anos, muito esforçado e já está na empresa há mais de 15 anos. É visto pelos colegas como alguém que conhece os cantos a casa e sempre que haja alguma questão com um cliente mais antigo, é sempre com o Tico que os colegas pedem ajuda. No entanto, o Teco, recém formado e nas jovialidade dos seus 25 anos, é admitido como chefe do Tico. Tico, quando tomou conhecimento disso, primeiramente ficou muito atónito e incrédulo, pois sempre trabalhou e acreditou ser a pessoa certa a ocupar o lugar agora preenchido pelo Teco.
A partir do momento que o Teco entrou, o Tico mudou. Passou a ser alguém “azedo”, sempre com a cara fechada, mal-humorado e todos os colegas que anteriormente iam pedir-lhe ajuda, deixaram simplesmente de o fazer com medo de receberem uma resposta zangada. Nas reuniões de equipa, onde antes havia um Tico altamente interveniente, opinante e sempre disponível para as mudanças que fossem propostas, agora há um Tico que entra nas reuniões calado e sai mudo. Passou a ver todos os superiores (e principalmente o Teco) como inimigos a abater, ou no mínimo, deixava sempre transparecer o seu descontentamento com o facto de ter sido preterido em detrimento de Teco.
A Direcção da empresa sempre valorizou a capacidade profissional do Tico, porém agora estava a ser muito complicado gerir a situação. Pediram aos RH para tomar uma providencia para mandar o Tico para o olho da rua, pois já não aturavam o azedume. Maria, que já conhecia o potencial do Coaching, pediu autorização a Direcção para experimentar algo diferente com Tico pois ela sabia o potencial que ainda poderia ser aproveitado, ou seja, contratar um Coach para trabalhar o problema do Tico.
A Maria conheceu-me há cerca de 3 anos e sabia que agora estava a trabalhar como Coach. Ligou-me e depois de explicar-me o que pretendia, marcamos a nossa primeira reunião de empatia para conhecer a sua necessidade. Ela deixou claro, logo ali na primeira conversa, que se eu visse que não havia hipótese de mudar o Tico, ela iria dar continuidade ao processo de demissão.
Ponderei bem antes de decidi aceitar o processo e, antes de dar o sim final, quis falar primeiro com o Tico a sós para entender o que ele sentia e ver o problema “com os olhos dele”. Conheci o desafio e acreditei que seria a pessoa certa para pegar neste processo de Coaching.
Depois de uma sessão zero onde fui um mero ouvinte de muita amargura, tristeza e em alguns momentos Tico destilava uma “fúria” sem receptor, ou seja, odiava tudo e todos sem nenhuma razão, além do que ele pensava e sentia.
Na sessão seguinte utilizei o Zoning para entender o grau de envolvimento da chefia directa, dos pares e dos colegas de outras áreas.
Identifiquei e verbalizei todos os pontos onde havia identificado um conflito e todos foram assumidos pelo Tico. Começamos então a estabelecer planos de acção para ele criar as técnicas e forma para ultrapassar cada um dos conflitos identificados.
O mais complicado foi sem dúvida que ele assumisse o “rancor” por ter sido preterido e ele ter a consciência que deveria ir falar com o Teco abertamente para conhecer o ponto de vista dele sobre a forma como poderiam passar a trabalhar em conjunto.
Nas sessão seguinte, abordamos sempre os compromissos assumidos na anterior e analisamos como ele se sente agora que ultrapassou o obstáculo. Tem sido uma jornada de aprendizagem para o Tico.
O processo ainda está a decorrer, mas já fizemos 4 sessões e pelo feedback que recebo da Maria o Tico começa a mostrar no seu dia-a-dia sinais de melhoria na sua atitude, primeiramente perante o Teco e há na empresa a sensação do Tico estar a voltar gradualmente ao que era.
Moral deste história: A Maria poderia ter ido pelo caminho mais fácil e simplesmente seguir as indicações da Direcção e demitir o Tico. Optar por investir num processo de Coaching permitiu a empresa poupar muito dinheiro com a indemnização que seria necessária pagar, chatice pois seria um período conturbado até que o Tico deixasse completamente a empresa e evitou a “infecção” da rádio alcatifa com intrigas e coscuvilhices sem fundamento.
Conclusão final
Termino com uma simples pergunta: “Como leu, pedir ajuda fez a empresa recuperar um colaborador e poupar dinheiro. Tem um problema de conflito na sua empresa e quer resolvê-lo, marque uma sessão Gratuita de Coaching comigo para avaliarmos como poderei ajudar?”
Muito obrigado por ler o meu artigo. Se gostou deste artigo e reconhece que a partir desta informação aprendeu alguma coisa, imagine o que poderá beneficiar se me contratar como Coach?
Se tem dúvida se poderá funcionar consigo, solicite a sua sessão de 30 minutos gratuita, tenho a certeza que depois de conversarmos, vai reconhecer o quanto isso é necessário.
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