Eu sou o Coach do Pai Natal

Estava a decorrer o mês de Julho e recebo um email a pedir uma proposta comercial. Inicialmente não consegui identificar o emissor. Como não sou pessoa de mandar proposta assim por dá cá aquela palha, insisti para termos uma conversa inicial por telefone e pedi um número para ligar.

Estranhei muito quando o indicativo do número começava por “+358”. Alguém da Finlândia estava a me pedir uma proposta de ? Segui em frente e lá liguei. Quem me atendeu foi uma senhora muito gentil a se apresentar como “Mãe Natal” e isso deixou-me desconfiado. Estava a ligar para a Lapónia, terra do Pai Natal.

Contou-me que o marido estava a passar por uma situação um pouco complicada, muito preocupado se ainda era capaz de desempenhar com profissionalismo um trabalho onde já tinha centenas de anos de experiência, mas que pela primeira vez, duvidava da sua capacidade.

Pedi por favor se era possível passar o telefone ao meu potencial cliente e, lá com muito custo, o senhor me atendeu. Reconheci logo a voz, estava a falar com o Pai Natal. Que emoção senti no peito.

Ele explicou-me que precisava de ajuda. Sentia que o mundo já não se preocupava com ele e que a magia estava a definhar, duvidava da sua capacidade de continuar a alegrar a vida de tantas crianças por este mundo fora.

Esclarecemos algumas duvidas iniciais, chegamos a um acordo logo ali ao telefone e aproveitando o momento, fiz a minha sessão zero com o Pai Natal. O programa foi fechado com 10 sessões com o objectivo global trabalhar a confiança do meu Coachee na capacidade de continuar a alegrar a vida das crianças.

Na nossa primeira sessão, eu estava mais nervoso que o meu cliente pois não é todos os dias que se é contratado por alguém tão importante nas nossas vidas.

O objectivo desta primeira sessão foi muito interessante. O Pai Natal diz-me que quer falar sobre as pessoas só se lembrarem dele no início de Novembro e sempre associado a uma actividade comercial. Uau! Que tema interessante para iniciar.

Achei tão interessante que partilho um excerto da nossa primeira sessão

Pai Natal (PN): Sinto que já não sou associado a momentos de alegria e de união nas famílias. Virei um símbolo de mercantilismo e de compras desenfreadas de qualquer coisa para ser oferecido sem nenhum propósito, só satisfazer a necessidade de dar e receber. Perdeu-se a magia.

CWE: Com base neste seu pedido, o que gostaria de atingir no final desta nossa primeira sessão?

PN: Não sei direito. Talvez pudesse me dar uma ou duas ideias sobre como gerir melhor a minha sensação de tristeza.

CWE: Mas o Pai Natal quer que eu lhe diga como ultrapassar a tristeza?

PN: Sim! Por que? não é isso que os Coaches fazem?

CWE: Por favor, imagine que uma pessoa que não conhece de lado nenhum, chega e diz exactamente o que deve fazer para resolver o seu problema. O senhor até segue estas indicações e chega a conclusão que não funcionaram. Como se sentiria?    

PN: Muito mal e ficaria chateado com essa pessoa.

CWE: então com base nessa observação, quer mesmo que seja eu a dizer como deve ultrapassar este sentimento?

PN: Pensando melhor, acho que não adiantaria muito. Sou muito velho e dificilmente iria seguir as indicações de outros. Já nem os conselhos da Mãe Natal me sigo. (risos)

CWE: Então o que podemos trabalhar em conjunto até ao final desta sessão?

PN: Talvez, falarmos um pouco, quem sabe se eu abrir um pouco o meu coração consigamos descobrir algo que possa apaziguar a sensação.

CWE: Como saberei e como identificará se o que estamos a falar, está a apaziguar a sensação?

PN: O meu coração ficará mais leve.

CWE: Que sensação descreveria a “leveza” do seu coração?

PN: É sentir que este aperto que tenho no peito diminui. É sentir que não vou falhar.

CWE: Falou em sensação de tristeza, agora refere um aperto no peito e medo de falhar. Como elas estão relacionadas?

PN: (pausa para reflexão) está tudo relacionado. Sempre que olho para o meu “comportamentómetro” (aparelho que o Pai Natal inventou), as crianças estão sempre em comportamentos negativos, tudo por culpa dos pais que só sabem comprar, mimar, paparicar e esquecem de educar.

CWE: Depreendo que o senhor quer mudar o tema da nossa conversa para falarmos sobre como os pais devem educar as crianças?

PN: Não, mas isso tem uma forte relação com a minha sensação de tristeza.

CWE: e?

PN: Quero voltar a sentir coisas como sentia quando o Wilques era criança.

CWE: comigo?

PN: Sim. Lembra-se que os seus pais, durante todo o ano estavam sempre a lhe lembrar que deveria tirar boas notas, tratar bem as outras pessoas, ser educado e gentil, tomar banho, arrumar a sua roupa por exemplo, senão o Pai Natal não lhe iria dar o brinquedo que tanto queria no Natal?

CWE: eh… sim lembro-me bem deste tempo. Era engraçado. Mas como estas situações, se voltarem a acontecer podem ajudar a diminuir a sensação de tristeza?

PN: Confesso que o que alimenta o meu coração são as boas acções, são os pequenos gestos que as crianças fazem no seu dia-a-dia que me fazem saltar da cama e trabalhar com afinco para, em dezembro, lhes entregar o presente desejado.

CWE: Permita-me reformular o que me disse: “Se os pais, no dia-a-dia forem constantemente lembrando as crianças de pequenas coisas simples mas que contribuem para o seu crescimento e educação, isso irá ajudar a diminuir a tristeza no seu peito e lhe trazer a alegria de trabalhar de volta?.” É isso?

PN: Também.

CWE: E o que falta?

PN: O essencial que complementa as acções das crianças. É preciso que os pais também mudem as suas atitudes. Que sejam e estejam mais presentes na vida dos amigos e familiares. Andam todos muito apressados e sempre atrasados para chegar a algum lado. Sinto que passam a semana inteira a desejar que chegue sexta-feira para ter o fim de semana, mas no fim de semana nada mais fazem do que estar a pensar no trabalho que tem que ser feito durante a semana que vai entrar. Andam a tentar comprar sempre alguma coisa que possa demonstrar que é melhor que o do vizinho ou do concorrente. Acabou-se a ajuda pelo simples facto de ajudar, passamos ao lado de pessoas e não cumprimentamos, sentam em mesas com outras pessoas e não são capazes de puxar uma conversa descontraída. Em tudo que se faça deve haver um objectivo e um resultado. O ser humano, deixou de “SER” para simplesmente “EXISTIR”. Isso tudo deixa-me triste.

CWE: Mas não tendo a capacidade de controlar o que as pessoas fazem, o que era preciso acontecer para mudar esta situação?

PN: Talvez recorrerem a pessoas como o Wilques.

CWE: Desculpe? Não compreendi.

PN: Há muitos anos que acompanho o crescimento de milhões de pessoas e, desde que sou o Pai Natal, é a primeira vez que recorro a alguém para me ajudar. Primeiro tive que reconhecer que sozinho não ia lá. Estava demasiado embrenhado no meu problema e agora vejo que ter alguém com uma visão externa, descomprometida com a minha vida e com perguntas muito directas, faz-nos pensar e reflectir melhor as nossas próprias opções.

CWE: Sinto-me lisonjeado, mas ainda não passamos da primeira sessão sequer. O que mudou desde que iniciamos a nossa conversa?

PN: Nada e ao mesmo tempo tudo. Só o facto de poder estar a conversar com alguém sem sentir que estou a ser julgado, que não me sugeriu absolutamente nenhum caminho e que reformula o que eu digo. Confesso que é difícil ouvir alguém dizer o que disse e saber que está nas minhas mãos poder mudar a minha . Só preciso da coragem necessária para dar o primeiro passo e assumir que a começa em mim.

CWE: Então como é que o Pai Natal pode iniciar um processo de mudança nas pessoas para mudar a vida delas?

PN: Se calhar na árvore de natal de cada uma das casas que passar vou deixar um bilhete com os seguintes dizeres:

“Está nas tuas mãos dar o primeiro passo para mudar o mundo. Se não sabe o que é preciso, então contrate um Coach.

Conselho do Pai Natal.”

CWE: Há algo mais que queira abordar nesta sessão?

PN: Não. Acredito que descobri uma solução muito boa para a minha tristeza. Muito obrigado pela sua ajuda.

CWE: Que palavra ou frase usaria para definir esta sessão?

PN: duas palavras: “FELIZ NATAL!

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Muito obrigado por ler o meu artigo.

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    Coach Wilques Erlacher

    ACC Coach Credenciado pela ICF. Especializado em Coach de Desenvolvimento & Metafórico e Presidente do Conselho Fiscal da ICF Portugal. Há mais de 20 anos que trabalho em funções relacionadas com Marketing, Vendas Corporativas, Desenvolvimento de Negócios, Gestão de Clientes, Formação, Mentoria e Consultoria em Vendas. O meu lema é: “Coaching não é para quem precisa, é para quem quer ser melhor” Os meus contactos são: email: we@wilqueserlacher.com || Skype: w.erlacher || Tel: +351 932 558 558

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